Adriano Colangelo
Artista plástico, ensaísta, conferencista, escritor, curador, pesquisador e estudioso da obra artística de Leonardo Da Vinci.
O artista plástico
Adriano Colangelo, italiano, reside há muitos anos na cidade de São Paulo – Brasil. Desenvolve sua expressão artística através de um processo inédito de pirografia sobre papel, cartão e grandes painéis de madeira. Aprimorou essa técnica no dia-a-dia da sua trajetória artística através de constante e incansável pesquisa de processos e materiais.
Realizou inúmeras exposições, das quais destacamos algumas individuais em São Paulo, Porto Marina Astúrias – Guarujá/ SP, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Nápoles, Roma, Toronto, Pinamar na Argentina e coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro, Embú das Artes, Verona e Hannover.
O Mestre de História da Arte
Desde adolescente chamou a atenção de seus professores de ginásio e ciências humanas como o melhor aluno de história da arte, tanto como no domínio das outras disciplinas da mesma área, tais como o estudo aprofundado do latim, do grego arcaico, do idioma italiano e suas respectivas literaturas. Tendo recebido uma educação exemplar dentro de casa, foi orientado pelos seus pais a se interessar cada vez mais em visitar os mais ricos e belos museus de sua terra natal, a Italia, tanto como seus inúmeros monumentos sejam religiosos como das artes plásticas, figurativas e arquitetonicas daquele mesmo país, incluindo viagens culturais pelos principais países europeus.
Transferindo-se em 1956 para o Brasil, logo se interessou pelas artes brasileiras e seus monumentos, viajando semanalmente para onde seu interesse artístico-cultural o levasse e ate´por sugestão do grande estudioso internacional de historia da arte arte Prof. Riccardo Averini, Diretor Artístico das Bibliotecas Vaticanas e profundo estudioso do Barocco Mineiro, além de Diretor-Editor da famosa coleção de Historia da Arte da Editora Rizzoli de Milão, Italia.
Toda esta experiencia chamou a atenção dos melhor colégios e instituições culturais de São Paulo e do Brasil afora, tendo ensinado história da arte e historia da musica nas seguintes instituições, a partir do inicio da década de 60.
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Longo Curso de Historia da Arte em seu atelier
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Colegio Brasil-Europa, São Paulo
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Escola Contemporanea de Arte, São Paulo.
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Curso de Arte e Cultura Oriental no Taekwondo Center de São Paulo
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IADE: Instituto de Arte e Decoração, São Paulo
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Faculdade de Arte e Musica Marcelo Tupinamba, São Paulo
E outras agremiações do genero por breves periodos de tempo.
A temática de suas obras
O artista passou anos viajando por pequenas e grandes cidades, conhecendo também a natureza selvagem do Continente Latino Americano. Encantou-se com as populações, suas diversidades culturais e com a majestosidade geográfica dessa terra, que permite ao olhar o deleite das mais diversificadas configurações espaciais, luminosidades e colorações. Quando as atividades artístico-culturais lhe permitiam, dedicava-se a conhecer profundamente os diferentes tipos de sociedade.
Paralelamente, o contato com antropólogos e xamãs lhe valeram uma nova forma de percepção e abriram as “portas” da Mãe Terra desse Continente. Isso lhe revelou belezas incríveis, pessoas muito especiais e recantos, os mais inóspitos e misteriosos, que propiciaram a formação de um mosaico riquíssimo que abrange desde uma noite tropical na qual os vaga-lumes se confundem com as geometrias siderais, até uma autêntica dança folclórica ou uma paixão com o esplendor único da mulher brasileira, digna representante de Gaia, a Mãe Terra.
Essa junção justifica e faz perceber que a figura da mulher presente em suas obras, quer mostrar não somente a sensualidade feminina mas também o fascínio único de uma floresta florida ou a luz cintilante do Cruzeiro do Sul, como partes de uma unidade, de um corpo orgânico que está em perfeita harmonia com a totalidade. Por essas razões, os Anjos, os Devas, as florestas, as cachoeiras, os céus e os nus femininos, mesmo que em parte, integram o Mistério da Criação neste magnífico e riquíssimo recanto do Planeta.
O Curador
Em março de 1984, Adriano Colangelo foi convidado pelo Diretor e Fundador do Teatro Popular do SESI, Osmar Rodrigues Cruz, para organizar e dirigir a Galeria de Arte do SESI. Dessa parceria nasceu um dos mais importantes espaços de arte de São Paulo, do qual ele foi curador durante quase dez anos, com uma sequência de exposições e mostras individuais e coletivas.
Destacamos as principais e inéditas exposições da época:
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Em maio e junho de 1984 inaugurou o espaço com uma grande coletiva onde estavam presentes alguns dos maiores artistas nacionais, tais como Aldemir Martins, Fulvio Pennacchi, Gilberto Salvador, Italo Cencini, Lotar Charroux, Wesley Duke Lee e tantos outros, num total de trinta nomes, que fizeram história, seja naquela galeria como em toda a arte nacional.
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Mostra didática da pianista brasileira Guiomar Novaes, com fotografias, partituras, gravações e outros importantes documentos seja dela como dos grandes músicos e intérpretes de seu tempo.
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Mostra de Arte e Cultura Finlandesa, com a preciosa colaboração do consulado daquele país, evento talvez único no panorama cultural brasileiro de então.
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Exposição coletiva de “Artistas Italianos de São Paulo”, reunindo pinturas, esculturas, gravuras e desenhos dos maiores artistas peninsulares residentes na Capital Paulista.
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Num fato histórico inédito para a época, organizou mostras coletivas de artistas brasileiros de várias regiões, tais como interior de São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Paraná e outros estados.
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Ministrou um longo curso de História da Arte e da Música Clássica no próprio Teatro do SESI, com grande adesão de público e aprovação da crítica especializada.
O Desenhista Científico
Trabalhou como desenhista e ilustrador científico entre as décadas de 60 e 80 com os seguintes Especialistas:
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Dr. Mario Degni, na área de Medicina e Cirurgia Vascular (clínica particular).
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Prof. David Serson Neto em Cirurgia Plástica e Estética (clínica particular).
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Dr. Prof. Aylthon Brandão Jolly na Área de Biologia Marinha, com participação na ilustração do Livro “Algas Marinhas Brasileira do Atlântico Sul” (contratado pela UNESCO e pela USP).
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Dr. Paulo de Castro Correia, Diretor do Hospital dos Defeitos da Face, onde atuou como desenhista e ilustrador nas áreas de Cirurgia Reparadora, Plástica e Estética.
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Laboratório Farmacêutico De Angeli/Behringer, para quem produziu várias monografias ilustradas sobre as “Influências Culturais no Brasil”. Estas foram distribuídas para os médicos e Secretarias de Cultura de todo o Brasil, além de divulgar os mesmos trabalhos em todas as unidades do Laboratório no Exterior.
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Nesse mesmo período também teve participações como ilustrador científico em outras revistas brasileiras.
O Ensaísta
Estudioso da História das Civilizações ocidentais e orientais, com mais de 70 publicações em jornais e revistas nacionais e internacionais, como: O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde e Revista Planeta, no Brasil.
Especialista sobre a obra pictórica e gráfica de Leonardo da Vinci.
Trabalhos publicados e aprovados na Europa:
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Na Holanda
“Simbologia Leonardesca” publicada na Revista Bres de Amsterdam; -
Na Itália
“Simbologia Esotérica de Leonardo” publicada na Revista Esotérica de Roma; “Símbolos Esotéricos da Arte Leonardesca”, “Os Rostos Misteriosos na obra do Mestre Leonardo” e “Aspectos Diversos do Homem Vitruviano”, integram o acervo dos Arquivos Internacionais da Fondazione Leonardo da Vinci de Firenze.
O Conferencista
Realizou inúmeras conferências sobre História da Arte e da Música Clássica no Brasil e no Exterior, destacando aquelas em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Buenos Aires e Roma.
O Escritor
Livros publicados:
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“Mil Anos de Arte”, um estudo comparativo entre as artes plásticas e a música clássica, Editora Cultrix de São Paulo-SP;
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“A Via Seca”, um encontro artístico e filosófico abordando as culturas ocidental e oriental, Age Editora de Porto Alegre-RS.
O Pesquisador
Dedica-se ao estudo profundo da obra omnia de Leonardo da Vinci e suas monografias fazem parte do acervo de pesquisa e consulta da “Fondazione Leonardo da Vinci” de Firenze-Italia.
Domina o italiano, português, espanhol e quase totalmente o inglês.
O Músico
A partir dos anos setenta teve aulas de teoria, prática e aperfeiçoamento da flauta transversal com os professores Paulo Flores, Marco Antonio Cancello, Clarissa Bonfim Andrade, Marcelo Barbosa, Toninho Carrasqueira e com a Profa. Bebel Ribeiro Silva. Com esses mestres, em quase 30 anos de estudos, desenvolveu uma técnica apurada para Música de Câmara com repertório clássico e folclórico.
Realiza Concertos Didáticos onde alterna com a música abordagens comparativas sobre arte e cultura.
Apresentou-se em vários recitais na cidade de São Paulo e um em São Bernardo, atuando em dueto e solo de flauta. Fundou em sua residência uma Camerata de pequeno formato, onde realiza diversos saraus, sempre visando uma fusão original entre Arte, Cultura e Musica para um publico fiel de amigos e amantes destas tradicionais manifestações estéticas e educativas.
É um profundo conhecedor da historia da musica universal, com vários ensaios publicados no Brasil e no Exterior, destacando-se um sobre o compositor finlandês Jan Sibelius e outro sobre Heitor Villalobos, este ultimo numa importante revista de arte e cultura na Itália. Provavelmente este seja o único ensaio publicado por um ítalo-brasileiro, sobre o grande gênio carioca e sua maravilhosa musica.
O Ecologista
Desde adolescente, na Itália sua terra natal, foi acostumado pela educação familiar, a conhecer a Natureza em seus mais diversos aspectos, sejam eles marítimos, campestres ou montanheses.
De fato os pescadores napolitanos, os marinheiros da Marinha Militar Italiana (seu pai foi alta patente da Engenharia Militar), os soldados, os alpinos, os montanheses das mais diversas regiões peninsulares, lhe ensinaram não somente como lidar com o meio-ambiente, mas também aprender a cozinhar alimentos naturais e nutritivos para o equilíbrio bioenergético de sua saúde. Este aprendizado foi de grande
utilidade durante a segunda guerra mundial e no após guerra, ajudando, de adolescente em diante, na recuperação do núcleo familiar e na formação do próprio caráter. Nesta fase italiana aprendeu a cantar em coro com os montanheses dos Alpes e das Dolomitas, na belíssima tradição vocal daquelas regiões.